ou caçando citações no livro PRAGMÁTICA PARA O DISCURSO LITERÁRIO (1990) ---
... sabendo diante de qual gênero está, o público estrutura suas expectativas de acordo com ele. Encontramos aqui a noção de "convenção tácita", aplicada ao exercício da palavra [...] Os gêneros contudo não bastam para definir todos os contratos possíveis da literatura, uma vez que as obras também podem instituir contratos singulares. Com base nisso, podem-se distinguir três tipos de obras: - as que se inscrevem exatamente nos limites de um gênero; - as que brincam com os contratos genéricos (misturando muitos gêneros, submetendo-se a eles de maneira irônica, parodiando-os...); - as que se apresentam fora de qualquer gênero, isto é, pretendem definir um pacto singular. Muitas vezes pensa-se que apenas as obras pertencentes à subliteratura aceitam plenamente as regras de um gênero e que uma obra verdadeira deve se colocar fora de qualquer imposição genérica, ser por si mesma seu próprio gênero. Não é nada disso que acontece... ☆ Trad. Marina Appenzeller (Martins Fontes, 1996) p. 140
#recortadosparapensar
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