8 de agosto de 2025

qual a complexidade do objeto artístico?

André Mendes responde logo de saída, na página 14 do seu livro O AMOR E O DIABO EM ANGELA LAGO (Editora da UFMG, 2007). Oh, abre aspas:
“O conceito de ‘complexo’ que utilizo não está ligado necessariamente àquele associado à ideia de dificuldade ou de complicação, mas sim ao significado que o termo adquiriu ao ser utilizado originalmente cibernética e, mais tarde, por Edgar Morin quando desenvolveu suas ideias sobre as mudanças de paradigmas nas ciências. Sob esse ponto de vista, dizer que um sistema é complexo não significa dizer que ele é complicado, mas sim que tem um grande número de unidades interagindo entre si de modo imprevisível, de tal forma que o todo não será definido pelo somatório das partes, mas pela configuração que o sistema possui num determinado momento.

“Na análise das obras de Angela Lago, percebe-se, no seu processo de criação, pelo menos dois tipos de complexização da imagem que merecem maior atenção e estudo: complexização por meio da síntese e complexização por meio do caos — mas não um caos qualquer e sim um caos que permite ao leitor alguma espécie de ordenação (um caos simulado).”
Caos e vértices, como portas e janelas tão queridas por Angela Lago, serão vistos e percorridos nas obras O cântico os cânticos (1992), De morte! (1992) e Sua alteza, a Divinha (1990) neste estudo.

#umcatalogodegestos
80 anos de nascimento de Angela Lago
45 anos de histórias e livros ilustrados

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