dobrasdaleitura | Que bom seria, se o mundo todo fosse um jardim, como O jardim de algodão, proposto por Tino Freitas e Ionit Zilberman (2024), onde nossa família criasse sua própria harmonia, entre infância e velhice, entre cores, perfumes, afetos, memórias e almoços de domingo. Sabemos quanto ainda o jardim do mundo anda hostil, quando necessitamos nos dar a conhecer aos outros, a nossa essência e identidade, através dos sonhos que traduzem desejos, desde o começo da vida, enquanto criança. Algodão é o nome do avô e aqui veremos esta figura masculina como o primeiro alicerce que transforma uma casa em lar, e faz o acolhimento ser, mais importante, mais necessário, um lugar de conforto.
É preciso estar atento à voz em primeira pessoa e seu “desejo de ser mais feliz”. A criança não se identifica em sua narração, usando pronomes ou artigos definidos, nem mesmo os diálogos com os parentes dão um tratamento masculino ou feminino. Por sua vez, a ilustração mostrará esse corpo que deseja ser visto, em um bonito vestido florido... Nas formas de representação, o que denotaria ser menino ou menina? O sorriso ou os cabelos curtos? Mas, além do contexto social para os itinerários de gênero, como a literatura para crianças pode operar com as três autodenominações de infância cis, transgênero e não-binária? Estamos falando de afetos. Efetivamente.
@tinofreitas
@ionit_zilberman
@pallaseditora
#familiaacolhedora
#criancastransexistem
#infanciatrans
8 de setembro de 2024
18 de maio de 2024
sob as águas, sobre a esperança
dobrasdaleitura | Em meio à catástrofe das chuvas no Rio Grande do Sul, sessenta vozes (59 escritores e a ilustradora Laura Castilhos, na capa) fazem um registro sensível (e obrigatório) sobre a situação que enfrentam. SOB AS ÁGUAS, SOBRE A ESPERANÇA, org. Alexandre Brito, Celso Gutfreind e Dilan Camargo (Bestiário, 2024), reúne os diversos modos do fazer narrativo e poético (lírico, épico, dramático e, por que não, gauchesco) para crianças, jovens e adultos — afinal, a ocasião urgente não dividirá pessoas em faixas etárias.
Baixe gratuitamente seu exemplar no link
>> www.bestiario.com.br/sob_as_aguas.pdf Vários são os timbres e a extensão dos textos também variam, mas nenhum vai além de três páginas. Alguns escritores buscam acolher a infância, observando o chuvaréu “maior que tromba de elefante”; o céu, as nuvens, o rio podem aparecer personificados, por vezes malvados e incompreensíveis, conquanto outros autores dão o testemunho, como recorte de jornal e o alerta rumo ao futuro
@eu.alexandrebritoescritor
@celsogutfreind
@dilan.camargo.3
@editora_bestiario
#dobrasdapoesia
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>> www.bestiario.com.br/sob_as_aguas.pdf Vários são os timbres e a extensão dos textos também variam, mas nenhum vai além de três páginas. Alguns escritores buscam acolher a infância, observando o chuvaréu “maior que tromba de elefante”; o céu, as nuvens, o rio podem aparecer personificados, por vezes malvados e incompreensíveis, conquanto outros autores dão o testemunho, como recorte de jornal e o alerta rumo ao futuro
“De uma tragédiaEncontraremos um brevíssimo Luís Dill em um haicai, uma trova de Laís Chaffe, um soneto de José Nedel, uma prece fluida de Gláucia de Souza, um conto de Eleonora Medeiros... Poesia, sempre poesia, que se mescla ao discurso ecologista e político. A memória do hoje. Por uma necessidade de reforçar laços e consciências.
Anunciada e não evitada.
Ouço pingos de chuva
Coração acelera”
(Lilian Rocha)
“a palavra//
é o que temos
para sermos
sob as águas”
(Celso Gutfreind)
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