23 de fevereiro de 2021

monstro leva eu...

Bem antes dos drones, o ponto de vista aéreo ou planos em 'visão de pássaro' era um recurso empregado por artistas do século XV, quando desejavam ilustrar um mapa de cidades e paisagens, com certa riqueza de detalhes, beleza e informação --- e esta linguagem hoje pode se reconfigurar incansavelmente em livros de imagem e outros textos literários que visem a simultaneidade de ações, o múltiplo e o polêmico...

Pois MONSTROS!, de Alice Hoogstad (2014) publicado pela editora Amelì em 2018, traz essa tradição à luz do dia, em uma história que começa com a magia de um desenho vermelho, uma corda e um coração que se desprendem de uma parede. Logo a menina desenha um alossauro engraçado no chão, e mais outro monstro adiante e mais outro e outros que tomam dos lápis para colorir a cidade toda branca. E aí o conflito se estabelece: muitas pessoas deixam-se mover pelo ritmo colorido, com um sorriso à toa na vida, enquanto outras parecem mesmo não suportar qualquer sorte de inovação. De qual lado você está? Deixa o monstro me levar, monstro leva eu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário