29 de outubro de 2025

um cuidado sereno

dobrasdaleitura | Adoro zines, coleciono esse tipo de publicação que articula o gráfico e a dobra do papel, senza parole o no. E aqui brilham no couchê as cores vibrantes do marsala e do amarelo terroso. Que, afinal, cores têm nome e também adoro.
Aqui, o conteúdo é sensível. Bonito y tranquilo. O jogo do encontro, a poesia. Que nos leva de volta para casa. Versos tirados a duas, quatro, seis mãos ou mais, uma casa dentro da cabeça, correntes fluviais, folhas, tijolos, janelas, a escrita realizada em uma sexta-feira chuvosa. De repente, evoco (hoje) o je t’aime — moi non plus, naquilo mesmo que a antiga canção possui de onda inquieta, onde eu a ilha deserta, vou e volto para habitar-me.
Habit(u)ar-me a “viver y desejar
correr pra descansar
te encontro — me encontro
sem medo — sem alarde
na pele — um cuidado sereno
uma prece — pressa de viver de mansinho”
Este é apenas um fragmento do poema montado a base de fragmentos de outras frases e sensações que passam pelo corpo-território trans-afetivo. Que transbordam. E o que são amorys, este ou aquele outro Y, entre dois verbos? O que nos une são caminhos em uma terceira vi(d)a e, ao mesmo tempo, a evydência de q a bifurcação reside sob o mesmo teto...
Produção do @corpodissidentecoletivo
da @feirasub para @feiramiolos

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#corpodissidentecoletivo
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