SE EU FOSSE UMA FADA
descalçava o sapato e a poesia
num reino desses que adoecia
e hoje não receitava pó de pirlimpimpim
pra ir à terra de fábulas reaças fedorentas
nem pro mato iria caçar onças
nem ditar regras de gramática
também não procurava nem vendia
mil poços de petróleo nem pré-sal
não ia bulir com as forças da natureza
diminuindo o tamanho da humanidade
ora, fada, quando uma poesia canta,
o mundo se agiganta e a gente toda deixa
de ser maria-vai-com-as-outras
. . .
18 DE ABRIL e você fecha comigo?
Não fui dormir nem acordei lembrando de uma polêmica gostosa lá no doce de letra da rosa que ninguém é mais obrigado a dizer que é filho de apenas um pai só porque podemos ser IRMÃOS EM ORTHOF ‘inda mais nesses dias de mudanças no galinheiro: mudemos as coisas por inteiro pois o que era uma vez era ovo, uma ova!
. . .
Card com a imagem da fada fofa, na ilustração de sylvia orthof, para o MANUAL DE BOAS MANEIRAS DAS FADAS (Ediouro, 1995? Nova Fronteira, 2009)
Nenhum comentário:
Postar um comentário