6 de julho de 2020

haicais visuais



☆ FOI UMA SURPRESA para mim, nos anos 1970, a descoberta dos cartuns e das charges sem texto. Passei a admirar profundamente a capacidade que os artistas tinham de expor suas ideias por meio de imagens desenhadas a nanquim e sem palavras. Chamavam a minha atenção, particularmente, as tirinhas de humor, com suas sequências de três a quatro quadros. Nesse curto espaço, seus autores desenvolviam histórias. Edgar Vasques com sua revista Rango, Luis Fernando Veríssimo com As Cobras, Henfil com o Fradim e algumas publicações alternativas, como o jornal Movimento e o Pasquim, que também tinham no desenho de humor uma forma de resistência política. Cartunistas, chargistas e caricaturistas formavam um grupo atuante que aliviava com humor crítico a dura realidade política e social do país, o momento difícil que o governo militar impunha aos brasileiros.

☆ Nessa época, influenciado por alguns amigos, produzi uns acanhados cartuns, que felizmente não vieram a público. Mas o desenho de humor me levou ao traço da caricatura e, mais adiante, à ilustração. ☆☆

 Parágrafos iniciais do posfácio para o livro HAICAIS VISUAIS, de Nelson Cruz @nelsoncruz @editora_positivo (2015) p. 52 #FiqueBem #FiqueFirme #FiqueEmCasa #AbreAspas2020

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