“O esvaziamento de algumas palavras é prática característica dos dias correntes.” Esta frase de Gustavo Piqueira abre o terceiro volume da coleção Gráfica Particular, dedicado a homenagear e trocar em miúdos (e graúdos) o trabalho do autor editor brasileiro Sebastião Nunes. Era necessário evocar cinquenta anos dedicados aos livros como uma guerrilha necessária. Persistente. Diária. Com DELIRANTE LUCIDEZ. Ele é desses, ele são desses que consegue(m) avocar (atrair para si, aliciar) os acertos palavra + imagem = poesia que a mente distraída tropeçará como um erro.
Sebastião Nunes jamais fora publicado por grandes editoras às quais enviou um original. Ele é desses que fundam uma casa para si – e não curiosamente – chamada Editora Dubolso. Mas também pensou no leitor infantil com as Edições Dubolsinho. Quem se lembra? Então senta e ouve essa dessas dele:
"Criança não é um idiota pequeno, mas pode ser o projeto de um idiota grande."
É para esquentar os miolos nesta véspera de feira, Feira Miolo(s). Mas hoje à noite ainda tem conversa. Sebastião Nunes de perto. Por isso essa pressa. Depois você pode levar ele embora consigo. O livro Sebastião Nunes: delirante lucidez é uma coedição da Lote 42 com a Casa Rex.
Ontem também teve Marília em meu caminho. Marilia Kubota e sua poesia: quando a gente se sente fora de lugar, o que dizer? Diremos
porque é tempo de abraços. É necessário sair desta máquina de colegas virtuais coléricos para a rua. A vida é necessária. Pra escrever. O livro DIÁRIO DA VERTIGEM foi publicado pela Patuá: contrato entre duas ou mais pessoas, sabe? Isso dá pauta. A Editora Patuá também participa da Feira Miolo(s) 2018.“agora ando à toa
entre quem vive ao léu
converso com toda pessoa
que teve um amor e perdeu”
Vamos nus movendo pra lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário