por Peter O’Sagae
Brancas letras e bolhas d’água vêm do fundo à superfície. Do mar e do papel, através da narração e das imagens de Denyse Cantuária: O vendedor de pérolas (Sete Luas, 2010).
Das histórias de pescadores, com certeza, nossos sonhos já foram embalados. Ora, se não ali onde o mar vira renda, pés descalços na areia, ao menos num mergulho pela literatura. Neste livro, o que se conta navega por muitas vozes: do narrador, do pescador que trouxe uma pesada concha e os segredos do mar nela guardados, do menino Miraldo que os quer descobrir e de um peixe de olhos amarronzados. Um peixe encantado — como encantado fica o leitor por ouvir maravilhas que fluem neste bonito e boníssimo conto. Miraldo sonha com um par de sapatos, com peixes para alimentar a família, com pérolas que possam ajudar a muita gente com o dinheiro, mas o menino também deseja jamais esquecer e proteger os encantos do fundo do mar... Narrativa com poesia para quem gosta de procurar novidades, olhos acesos no que existe mais fundo em nós de humano e coragem ética.
“Quanto tempo se passou era uma dúvida. Muitas pessoas enchiam o cais, enquanto a vida deixava de ser vivida, para se preocuparem com o menino desaparecido entre as ondas do mar. Ao sair completamente das águas, viu que a noite começava a cair e, para quem vinha de tanta claridade, o cair da tarde era como um colo de mãe para se descansar.”
Brancas letras e bolhas d’água vêm do fundo à superfície. Do mar e do papel, através da narração e das imagens de Denyse Cantuária: O vendedor de pérolas (Sete Luas, 2010).
Das histórias de pescadores, com certeza, nossos sonhos já foram embalados. Ora, se não ali onde o mar vira renda, pés descalços na areia, ao menos num mergulho pela literatura. Neste livro, o que se conta navega por muitas vozes: do narrador, do pescador que trouxe uma pesada concha e os segredos do mar nela guardados, do menino Miraldo que os quer descobrir e de um peixe de olhos amarronzados. Um peixe encantado — como encantado fica o leitor por ouvir maravilhas que fluem neste bonito e boníssimo conto. Miraldo sonha com um par de sapatos, com peixes para alimentar a família, com pérolas que possam ajudar a muita gente com o dinheiro, mas o menino também deseja jamais esquecer e proteger os encantos do fundo do mar... Narrativa com poesia para quem gosta de procurar novidades, olhos acesos no que existe mais fundo em nós de humano e coragem ética.
“Quanto tempo se passou era uma dúvida. Muitas pessoas enchiam o cais, enquanto a vida deixava de ser vivida, para se preocuparem com o menino desaparecido entre as ondas do mar. Ao sair completamente das águas, viu que a noite começava a cair e, para quem vinha de tanta claridade, o cair da tarde era como um colo de mãe para se descansar.”
Lindo livro de Denyse Cantuária, que agora se revela não apenas uma editora diferenciada, mas uma autora inspirada. Beijos ao Peter pela linda resenha e à Denyse, que os inspirou. Silvia Oberg.
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