Será que uma imagem pode valer por uma epígrafe? Ou uma dedicatória velada? Ai, ai, ai! Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece...
Mais uma vez, Angela-Lago resgata uma brincadeira do folclore falado para as páginas de seus livros ilustrados. Com humor despretensioso, a autora transforma uma simples parlenda, com intenções de ensinar o nome dos números aos mais pequeninos, no bem bolado livro de contar A visita dos dez monstrinhos (Companhia das Letrinhas, 2009), que conquistou o Prêmio Jabuti 2010 - Melhor Livro Infantil.
No nível verbal, versos em ritmo de lengalenga assim começam: “Veio um, pararatibum! E dois vieram depois.” Na ilustração, sorridentes e sorrateiras formas maleavelmente elásticas vão se juntando e tomando o contorno dos números. São esses os monstrinhos, recebidos de braços abertos, e a quem um personagem, não menos estranho, serve refrescos. No entanto, os visitantes começam a dar trabalho, muito trabalho: entram no quarto, abrem o trinco, fazem-se de reis... E pulam no omelete, desaparecem com o biscoito, até que o dono da casa resolve tomar uma atitude!
Angela-Lago brincando com a lição matemática a par e passo da compreensão palavra-imagem, dá ao leitor bem mais que a chave de uma parlenda para espantar fantasmas: o personagem do livro, cortando os ângulos internos dos algarismos, vai se desfazendo das companhias indesejadas ao mesmo tempo em que revela a lógica presente na notação gráfica dos números arábicos tal como hoje conhecemos – e tudo isso sem uma palavra sequer, apenas demonstrando com os desenhos.
Mas... E o zero? Eu rezo: é nada, coisa alguma, alma penada que some, evapora, aumenta o tamanho das sombras ou é apenas DEMAIS da conta? Charada macabra, zero danado que nos puxa pelo pé... Oooh!
Mais uma vez, Angela-Lago resgata uma brincadeira do folclore falado para as páginas de seus livros ilustrados. Com humor despretensioso, a autora transforma uma simples parlenda, com intenções de ensinar o nome dos números aos mais pequeninos, no bem bolado livro de contar A visita dos dez monstrinhos (Companhia das Letrinhas, 2009), que conquistou o Prêmio Jabuti 2010 - Melhor Livro Infantil.
No nível verbal, versos em ritmo de lengalenga assim começam: “Veio um, pararatibum! E dois vieram depois.” Na ilustração, sorridentes e sorrateiras formas maleavelmente elásticas vão se juntando e tomando o contorno dos números. São esses os monstrinhos, recebidos de braços abertos, e a quem um personagem, não menos estranho, serve refrescos. No entanto, os visitantes começam a dar trabalho, muito trabalho: entram no quarto, abrem o trinco, fazem-se de reis... E pulam no omelete, desaparecem com o biscoito, até que o dono da casa resolve tomar uma atitude!
Angela-Lago brincando com a lição matemática a par e passo da compreensão palavra-imagem, dá ao leitor bem mais que a chave de uma parlenda para espantar fantasmas: o personagem do livro, cortando os ângulos internos dos algarismos, vai se desfazendo das companhias indesejadas ao mesmo tempo em que revela a lógica presente na notação gráfica dos números arábicos tal como hoje conhecemos – e tudo isso sem uma palavra sequer, apenas demonstrando com os desenhos.
Mas... E o zero? Eu rezo: é nada, coisa alguma, alma penada que some, evapora, aumenta o tamanho das sombras ou é apenas DEMAIS da conta? Charada macabra, zero danado que nos puxa pelo pé... Oooh!
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