dobrasdaleitura | Você acredita nos anjos? Pois saiba que eles acumularam tesouros no Castelo dos Pirineus, aquele, incrustado numa imensa rocha de granito que flutua sobre as águas do mar, lembra? Nem mesmo os anjos dessa história escapariam de ser assaltados pelo distraído e ‘burranguela’ gigante Papa-Figo; porém não podem recorrer à polícia, porque viveram anos sem pagar impostos e correm o risco de serem imediatamente presos! Qualquer pessoa poderia ajudar a resolver o caso, mas escolheram chamar o Fernando... Sacaram?
Na companhia de Nan, hoje vou outra vez — Em busca do tesouro de Magritte, um conto policial e surrealista de Ricardo da Cunha Lima (FTD, 1988) com enquadramentos interessantes, algo cúbico e cubista, atravessando, com humor e ironia, as imagens do pintor francês. Entre espelhos que mostram suas próprias costas ou câmeras fotográficas que tiram retratos de você, no futuro, rosas e maçãs que crescem demais da conta, quem, nunca, quis falar pro garçom ou pra mamãe: tem um olho no meu bife!?? Um espia! Grite! Corra!
E eu ultimamente tenho ouvido algo sobre a literatura em campo expandido e cá penso: há mesmo literatura com horizonte reduzido? Creio que não. O livro, com sua trama fragmentária, com um narrador que muitas vezes se põe à nossa frente para tecer comentários sobre o plot que pipoca de pintura em pintura, não deixa de apresentar gracejos gráficos, desde a ideia de um livro dentro do livro. E o tesouro — que é pensar a linguagem — é dispensar a caretice das palavras e reencontrar a lógica do discurso como forma de crítica e reconstrução da realidade.
Mas, enfim, o quê o trungão do Papa-Figo roubou aos anjos? Eles não contaram nada ao Nan... Como encontrar o fruto do furto?
26 de janeiro de 2025
23 de janeiro de 2025
sob o torpor azul da tarde
dobradaleitura | Imagine essa tarde quente, o torpor azul da tarde, num filme que assim comece... Você até mesmo pensa estar no banco detrás do motorista. Pelo espelho retrovisor, os olhos dele olham você — e você procura desviar a atenção pela estrada em perspectiva e encontra uma casinha no alto de uma colina distante, à esquerda... Porém encontra rolos brancos de fumaça subindo pelo capô, a água do radiador forma realmente bonitas nuvens que o vento evapora. Mas isso não é um bom sinal!
O tiozinho deve parar o automóvel e você compreende, logo que abre o livro, que o seu lugar nesta aventura é mesmo uma poltrona de espectador. As imagens de Javier Sáez Castán e Manuel Marsol vão nos conduzindo por planos abertos, sob o céu iluminado, plano gerais, médios, aproximados... até o personagem adentrar o esperado/inesperado Museu, já denunciado pelo título do livro publicado pela editora Barbante (2024). O personagem constantemente nos dá as costas e isso faz com que assumamos o seu ponto de vista, movendo-nos com seus pés, como numa sequência de suspense. Se, através de uma janela, ele vê o quadro “Cathy com papagaio”, nós igualmente vemos a tela e observamos seus detalhes.
Ler este livro de imagem narrativo talvez seja com ler aquele conto de Heiner Muller, quando se propõe a fazer seu próprio retoque em Hitchcock ou Shakespeare. Imagem que descreve a imagem, alusão a tantos mestres da pintura e do cinema (afinal, quais os limites entre o quadro estático que aspira a ilusão de movimento e a arte do movimento que se alimenta da tradição pictórica?); todo autorretrato resulta ser traiçoeiro, impermanente... há alguém por trás das cortinas, corredores que nos confundem e, sobretudo, um colorido que satura e cega. Você pode dizer que as figuras estão vivas fora dos quadros, mas e daí? Sei que o problema não é sonhar, certamente. É apenas encontrar a saída.
@jsaezcastan
@manuelmarsol
@editorabarbante
🧡 #quemtemquindimtem
O tiozinho deve parar o automóvel e você compreende, logo que abre o livro, que o seu lugar nesta aventura é mesmo uma poltrona de espectador. As imagens de Javier Sáez Castán e Manuel Marsol vão nos conduzindo por planos abertos, sob o céu iluminado, plano gerais, médios, aproximados... até o personagem adentrar o esperado/inesperado Museu, já denunciado pelo título do livro publicado pela editora Barbante (2024). O personagem constantemente nos dá as costas e isso faz com que assumamos o seu ponto de vista, movendo-nos com seus pés, como numa sequência de suspense. Se, através de uma janela, ele vê o quadro “Cathy com papagaio”, nós igualmente vemos a tela e observamos seus detalhes.
Ler este livro de imagem narrativo talvez seja com ler aquele conto de Heiner Muller, quando se propõe a fazer seu próprio retoque em Hitchcock ou Shakespeare. Imagem que descreve a imagem, alusão a tantos mestres da pintura e do cinema (afinal, quais os limites entre o quadro estático que aspira a ilusão de movimento e a arte do movimento que se alimenta da tradição pictórica?); todo autorretrato resulta ser traiçoeiro, impermanente... há alguém por trás das cortinas, corredores que nos confundem e, sobretudo, um colorido que satura e cega. Você pode dizer que as figuras estão vivas fora dos quadros, mas e daí? Sei que o problema não é sonhar, certamente. É apenas encontrar a saída.
@jsaezcastan
@manuelmarsol
@editorabarbante
🧡 #quemtemquindimtem
20 de janeiro de 2025
entre dezembro e janeiro
Entre Dezembro e Janeiro, muita coisa acontece: um livro, um encontro, um poema inesperado. Entre ontem e amanhã, tiro um tempo para ler o novo livro de Gloria Kirinus. Ontem ela esteve no Café Colombiano e estará, nesta terça-feira, na Casa Tombada, fazendo uma oficina de escrita e criação poética.
Informações para inscrição @acasatombada
O recente livro reúne 47 curtos poemas como fotogramas de um tempo que se passa amplamente em vários ritmos e imagens, ambíguas e complementares em seus sentimentos. Ora adivinho objetos de concreto e bibelôs, como na poesia de Maria Dinorah, ora antevejo humor e fugacidade como nos haicais de Millôr Fernandes. Os poemas sempre se iniciam com um pé de cantiga fixo, mostrando-nos este tempo de esperas e construção.
8.
Entre Dezembro
e Janeiro,
De barriga
para as nuvens,
a menina rodopia
estrelas
com o dedo...
Sem saber
que os povos
rodopiam hélices
brincando de guerra.
30.
Entre Dezembro
e Janeiro,
Delicada louça
escorrega na pia
perde asa e cedilha
e de repente
fica louca.
@gloriakirinus
@editorainverso
#dobrasdapoesia
E para quem deseja um pouco mais de Gloria Kirinus: Criança e poesia na pedagogia Freinet (1998) e Synthomas de poesia na infância (2011), publicados pela Editora Paulinas.
18 de janeiro de 2025
jumelles pour lire?
dobrasdaleitura | Ganhei este presente da Suélen @livrinho.e.tanto — um livro centenário de Benjamin Rabier: ALPHABET, publicado pela célèbre Librarie Garnier em 1925, fac-símile 1977. Capa dura, lombada vestindo meia-casaca em tecido verde, já puído pelo tempo e pelas mãos que o retiraram inúmeras vezes da estante, antes de mim. Voici le livre!
Quis abri-lo lentamente em sua deliciosa metalinguagem: o leitor posto na capa, o olhar atento ao próprio livro. Um gato, um cachorro, atentos. Igualmente? Livres, somente os ratos para roer o mundo fora do livro.... E encontramos um quadro: um menino, chapéu de palha, as vogais na lousa, uma paisagem rural tão ao sul da França. No frontispício, os animais leem o título e o nome do autor como a um letreiro publicitário. São vários modos da relação visual-verbal que me ajudarão a entender o caráter de livro encenado e o uso de planos, recortes e molduras.
Sem escamotear a intenção de ensinar, temos a cartilha: as letras “tipo imprensa” são mesmo bonitas e ali está o mergulho que o esquilo faz em direção ao alfabeto, arremetendo-se no ar. Isso tudo não precisa ser explicado a uma criança, ela vê e se liga: les enfants sont assez intelligents! E é esse ‘intelligere’, ligar dois mundos, que lemos por toda a proposição do livro.
Palavras divididas silabicamente. Substantivos rubricados num tom puxado a magenta e a ilustração... oras, ilustrando. “Pequeno Léon, o que você vê na imagem?” A pergunta é caprichosa: a imagem não é uma coisa, como geralmente pensamos, mas um lugar. E você vê o aeroplano no ar? Ou a aranha? A ilustração nada representa, é um artifício ou montagem que apresenta uma realidade que não existe; por assim dizer, é surreal.
Faço eu outras viagens pelas páginas, admirando como os desenhos se parecem com Magritte, Marcelo Cipis, Ricardo Azevedo ou Moriconi — em sua estrutura e humor, desenho que mostra que é mesmo um desenho, ou quanto é engraçado uma criança desenhando um nariz!
P.S. Jumelles pour lire? Merci.
Quis abri-lo lentamente em sua deliciosa metalinguagem: o leitor posto na capa, o olhar atento ao próprio livro. Um gato, um cachorro, atentos. Igualmente? Livres, somente os ratos para roer o mundo fora do livro.... E encontramos um quadro: um menino, chapéu de palha, as vogais na lousa, uma paisagem rural tão ao sul da França. No frontispício, os animais leem o título e o nome do autor como a um letreiro publicitário. São vários modos da relação visual-verbal que me ajudarão a entender o caráter de livro encenado e o uso de planos, recortes e molduras.
Sem escamotear a intenção de ensinar, temos a cartilha: as letras “tipo imprensa” são mesmo bonitas e ali está o mergulho que o esquilo faz em direção ao alfabeto, arremetendo-se no ar. Isso tudo não precisa ser explicado a uma criança, ela vê e se liga: les enfants sont assez intelligents! E é esse ‘intelligere’, ligar dois mundos, que lemos por toda a proposição do livro.
Palavras divididas silabicamente. Substantivos rubricados num tom puxado a magenta e a ilustração... oras, ilustrando. “Pequeno Léon, o que você vê na imagem?” A pergunta é caprichosa: a imagem não é uma coisa, como geralmente pensamos, mas um lugar. E você vê o aeroplano no ar? Ou a aranha? A ilustração nada representa, é um artifício ou montagem que apresenta uma realidade que não existe; por assim dizer, é surreal.
P.S. Jumelles pour lire? Merci.
15 de janeiro de 2025
computer love
dobrasdaleitura | Muito bom começar o ano convidando as pessoas para uma atividade na @salatatui, ‘inda mais com um conto que escrevi sob a direção do @ianuviedo
.
Acho mesmo que posso considerar minha estreia fora da literatura para crianças e do campo de resenhas!
.
O conto foi escrito durante a oficina Computer Love e publicado no site da @revistaselect // celeste
.
A celeste é um projeto editorial especializado na cobertura e análise das artes visuais e da cultura contemporânea, composto por site, podcast, uma revista digital trimestral e uma publicação impressa anual.
>> inscreva-se para receber o conto www.salatatui.com.br/terapia-literaria
>> ou leia o conto on-line em select.art.br
O próximo encontro da Terapia Literária acontecerá na terça-feira, 21 de janeiro, às 19h, no Zoom.
🏷
#salatatui #literatura #contos #clubedeleitura #terapialiteraria #editorasindependentes #computerlove #inteligenciaartificial
.
Acho mesmo que posso considerar minha estreia fora da literatura para crianças e do campo de resenhas!
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O conto foi escrito durante a oficina Computer Love e publicado no site da @revistaselect // celeste
.
A celeste é um projeto editorial especializado na cobertura e análise das artes visuais e da cultura contemporânea, composto por site, podcast, uma revista digital trimestral e uma publicação impressa anual.
>> inscreva-se para receber o conto www.salatatui.com.br/terapia-literaria
>> ou leia o conto on-line em select.art.br
O próximo encontro da Terapia Literária acontecerá na terça-feira, 21 de janeiro, às 19h, no Zoom.
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#salatatui #literatura #contos #clubedeleitura #terapialiteraria #editorasindependentes #computerlove #inteligenciaartificial
7 de janeiro de 2025
7 chavões para o dia do leitor
1. Ler é despertar você mesmo do silêncio, no exercício da leitura em voz alta ou através de nossa imaginação sonora.
2. Ler é buscar o diferente, mantendo permanente atenção ao Outro e aos outros.
3. Ler é trabalho, uma dificuldade intelectual, jogo ou contrato sem direito a folga nem férias antecipadas.
4. Ler é reler; nunca se deixe convencer por uma leitura única das realidades ali propostas; é necessário ir e vir sobre um texto, muita vezes em saltos e relances não lineares.
5. Ler é transar com um texto, no sentido mesmo de dar trânsito aos significados do que é visto, lido e imaginado, sob diferentes perspectivas da própria leitura.
6. Ler é combinar textos (e não apenas verbais).
7. Ler é desarmar-se. Para viver.
. . .
Dobras da Leitura O’Blog, 7 de jan. 2011
Albert Anker: Die Andacht des Grossvaters (1893)
2. Ler é buscar o diferente, mantendo permanente atenção ao Outro e aos outros.
3. Ler é trabalho, uma dificuldade intelectual, jogo ou contrato sem direito a folga nem férias antecipadas.
4. Ler é reler; nunca se deixe convencer por uma leitura única das realidades ali propostas; é necessário ir e vir sobre um texto, muita vezes em saltos e relances não lineares.
5. Ler é transar com um texto, no sentido mesmo de dar trânsito aos significados do que é visto, lido e imaginado, sob diferentes perspectivas da própria leitura.
6. Ler é combinar textos (e não apenas verbais).
7. Ler é desarmar-se. Para viver.
. . .
Dobras da Leitura O’Blog, 7 de jan. 2011
Albert Anker: Die Andacht des Grossvaters (1893)
6 de janeiro de 2025
quando brinca
#recortadosparapensar
Fonte: O Correio da Unesco, julho de 1991
Brincadeiras e jogos
#erasoquasequadrado
#coisacoisas da vida
Fonte: O Correio da Unesco, julho de 1991
Brincadeiras e jogos
#erasoquasequadrado
#coisacoisas da vida
4 de janeiro de 2025
mais do que um jogo
dobrasdaleitura | É mais do que um jogo o que encontramos no livro CRIANÇAS ESCONDIDAS, de Franco Matticchio (2023). No princípio do caminho de nossa leitura, temos uma evocação a Dante Alighieri e isso já nos faria perder uma noção ingênua da brincadeira de esconde-esconde para ler um texto, senão irônico, um tanto fosfórico. Se, nos versos do poeta florentino —
Uma criança sem nome, também sinto assim. Mas é necessário sublinhar uma diferença entre o original e a tradução. Franco Matticchio escolhera nomes que apontavam para personalidades históricas ou culturais e poderíamos até considerar antiquados, como Domitilla, Berto, Ercole, Ester, Guglielmo, Gino, Giustina, trocados por Luísa, Davi, Sara, Olívia, Mattia, Victor, Sofia; ou sem contexto para nós, como Rachele, Giangiacomo, Abdul, Armanda, Lucio, Tullio, Attilio etc. Mas aqui se escondeu a diversidade e a riqueza entre gerações e fronteiras, por registros mais palatáveis a uma classe de consumidores de literatura para crianças, alimentando a ilusão de reconhecer, no livro, o próprio nome.
#francomatticchio
@nanabooks
#intertextualidade
🧡 #quemtemquindimtem
“Nel mezzo del cammin di nostra vita— o meio do caminho guarda o sentido de “próximo ao fim”, na proposição do ilustrador e cartunista italiano, a advertência sobre a selva escura e o que ali se perdeu, é, rigorosamente, sobre o começo da vida e a invisibilidade da infância; e quanto a vida infantil se converteu no Inferno de uma sociedade habitada por velhos... Isso mesmo, o quarto desabitado de cor, os uniformes, viver esprimido entre o esporte e os livros na estante, onde não há música nem mão a empurrar o balanço (sem dizer o quanto os parques foram abandonados). A criança que brinca, ao longo das páginas, é uma sombra nos passos do mundo adulto, uma, duas, muitas, apertada na sapateira ou entre casacos pesados, um reflexo por trás do vidro transparente, um espelho, ou poça de água na cidade.
mi ritrovai per una selva oscura
ché la diritta via era smarrita.”
Uma criança sem nome, também sinto assim. Mas é necessário sublinhar uma diferença entre o original e a tradução. Franco Matticchio escolhera nomes que apontavam para personalidades históricas ou culturais e poderíamos até considerar antiquados, como Domitilla, Berto, Ercole, Ester, Guglielmo, Gino, Giustina, trocados por Luísa, Davi, Sara, Olívia, Mattia, Victor, Sofia; ou sem contexto para nós, como Rachele, Giangiacomo, Abdul, Armanda, Lucio, Tullio, Attilio etc. Mas aqui se escondeu a diversidade e a riqueza entre gerações e fronteiras, por registros mais palatáveis a uma classe de consumidores de literatura para crianças, alimentando a ilusão de reconhecer, no livro, o próprio nome.
#francomatticchio
@nanabooks
#intertextualidade
🧡 #quemtemquindimtem
1 de janeiro de 2025
porque é ano novo, retomando O'blog
Unindo pontos, unindo textos, porque é Ano Novo e, frente à capa deste livro, nossa imaginação logo se põe a funcionar — mãos dadas, menino e menina tão feitos a João e Maria vão abrir o próprio caminho. Podemos indagar para onde vão, eles têm todo o mundo a seus pés... Na moldura da ilustração, souvenires ou apetrechos para a ventura, pena, arco, ampulheta, árvore, um avião e uma viola, um barco antigo, a famosa torre, um monstro marinho escamoso e alado. Um par de óculos? Aonde ambos vão?
A lugar nenhum, a princípio, pois este é apenas um despiste da ilustradora Elisabeth Teixeira a respeito de que é possível encontrar livro adentro. A viagem que nos oferece Ana Maria Machado tem outra natureza: com um livro nas mãos, nem é preciso sair do lugar para conhecer o que haveria no meio do caminho de Dante, Carlos e Tom — uma selva “oscura”, uma pedra, um rio... No caminho de Cris, Marco ou Alberto — oceano, deserto, muita lonjura. E o que há à frente de cada leitor? Os versos dizem:
“No meio do meu caminhoPelos caminhos da intertextualidade, Ana Maria abre começos de leitura sobre os clássicos da literatura universal, da poesia e da canção popular brasileira, com toda sorte de referências históricas da grande marcha da civilização humana. Todo o livro é, de fato, promessa de vida — porque a autora, afinada com o diálogo entre gerações, vai juntando frases e versos que pinçou aqui e ali para compor sua própria narração. Grandes e respirando leveza, as ilustrações vão abrindo a seu modo um variado cenário, dando ao olhar as pistas que o texto verbal nos quer fazer descobrir.
tem coisa de que não gosto.
Cerca, muro, grade tem.
No meio do seu, aposto,
tem muita pedra também.”
//
Dobras da Leitura O’Blog
Abrindo caminho #anamariamachado
@elisabethteixeira.imagem (Ática, 2003)
1 de jun. 2009, resenha revista em 2025
#intertextualidade
#dobrasdapoesia
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