Mais que comentar livros, aprecio respirá-los aos poucos. Em silêncio, acredite, olhando para as dobras sutis da palavra e da imagem. Um livro sempre pode ser uma casa, ensinou Walter Crane (1896). Do pensamento e da visão. É preciso completar. Também do riso, como nesta fábula visual mágica e séria, elegante e infantil: O GRANDE LIVRO DOS RETRATOS DE ANIMAIS, de Svjetlan Junaković, pintor, designer e escultor croata, traduzido por Marcos Bagno (Positivo e OQO, 2010). Para leitores de qualquer idade, sem dúvida.
Porque não há nada mais afeito à criança que essa desobediência... principalmente, se não há preceptores por perto! E Junaković convida-nos para um passeio aos velhos mestres da pintura, entre eles, holandeses,
E pode ser que você descubra algo encantador ou estranho ali se elevando, ironicamente, fazendo curvar suas sobrancelhas. Todos os retratos olham firmes o seu próprio espectador, num jogo de símbolos, ambições, delicadezas entre o gótico escuro e o efeito luminoso. Que os escritores mais famosos ou menos famosos deveriam entender. Os ilustradores também. Afinal, a lição da arte é para todos, sem distinção. Mas, diferentemente ecoa. Um livro belo e leve.
“A semelhança que pode ser encontrada com alguns dos mais famosos retratos da espécie humana é puro acaso.” (Svjetlan Junaković)
As pinturas d’O GRANDE LIVRO DOS RETRATOS DE ANIMAIS espalham-se pela [internet], mas exigem suas legendas e comentários para chegarmos mais perto da irreverência de Svjetlan Junaković, repaginando a história da arte, dos campos, estábulos e galinheiros.
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